A gente ama Brasíla. Por isso, temos que admitir: ela pode ser muito melhor! Separamos alguns pontos em que a nossa cidade deixa a desejar.
Você já sabe que a nossa capital tem mais de 3 milhões de habitantes e que é a quarta maior metrópole do país. Afinal, nosso geógrafo preferido, Telmo, já falou sobre isso antes. O número de pessoas na cidade é, inclusive, um dos motivos pra que haja cada vez mais investimento em saúde, educação e mobilidade urbana. Então, bora falar mais sobre isso!
Saúde
Em dezembro, a Secretaria de Saúde do DF liberou R$ 1,2 bilhão a novos serviços de saúde na Atenção Primária. Segundo a Secretaria, o valor zera a fila de pedidos. Isso é massa!
Mas temos diversos outros problemas a resolver na saúde do DF e não podemos esquecer deles. Quantos casos você ouviu em 2019 de filas intermináveis ou pacientes não atendidos por falta de equipamentos e remédios na rede pública de saúde, por exemplo? E a falta de médicos?
O número de médicos em hospitais públicos de Brasília tem diminuído. Segundo o Sindicato dos Médicos, eram 5.546 clínicos alocados em hospitais públicos em 2014. Em fevereiro de 2019, o número passou para 5.199: quase 350 profissionais a menos.
De 2015 a 2017, 95 mil servidores da secretaria foram afastados dos atendimentos por motivos de saúde. As condições de trabalho não são boas, falta estrutura e isso reflete nos atendimentos. A população acaba prejudicada e pessoas deixam de ser atendidas por falta de organização e verba.
Educação
Segundo a Secretaria de Educação do Distrito Federal, 2019 teve 34.428 inscritos na rede pública de ensino. Destes, 23 mil foram matriculados e mais de 11 mil não foram atendidos.
Para este ano, o número de inscritos subiu: foram 38.482. Prevê-se que cerca de 24,5 mil deles possam ser atendidos e, apesar de serem 1.500 vagas a mais em relação ao ano passado, serão mais pessoas desamparadas. Cerca de 14 mil inscritos não conseguirão se matricular.
Foram prometidas mais de 6,7 mil novas vagas em creches para o ano que vem, mas é necessário que haja muito mais vagas para garantir educação a quem precisa.
Além disso, há de se preocupar com a estrutura, né, véi? Como andam as carteiras, quadros e até áreas de recreação dessas escolas públicas? E o investimento em alimentação desses estudantes? Os salários dos educadores da rede pública são justos? Além de vagas, é necessário que haja condições para o estudo efetivo nas escolas e garantir os direitos dos professores e alunos das instituições.
Vamos falar sobre a UnB?
Pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual, o orçamento previsto para a instituição pública de ensino superior é 24% menor que o de 2019. O corte dificulta (e pode impossibilitar) o pagamento de despesas obrigatórias. Se em 2019 a universidade fechou o ano em apertos, com demissões em massa, imagine este ano, com uma redução de quase 1/4 do valor destinado aos gastos.
Mobilidade urbana
Pra quem usa transporte público, o movimento em horários de pico e os preços das passagens são só dois dos problemas. Já pra quem anda de carro, a gasolina é um pesadelo.
O trânsito tem se tornado um problema pra qualquer um em BSB. Antes, as ruas eram mais livres de carros e ficar preso em um congestionamento era raro. As vias expressas como o Eixão e a EPTG eram incríveis facilitadoras dos trajetos. Hoje, é quase impossível passar por elas em horários de pico sem pegar um longo engarrafamento. Será que isso ocorre porque as pessoas usam veículos particulares demais? Poderiam dar mais caronas? Ou, talvez, usar mais o transporte público ou ir de bike pros rolês e pro trabalho?
As ruas esburacadas são mais um problema. Elas estão nas vias expressas, nas entrequadras, nas residenciais. De vez em quando, fazem um remendo que volta a abrir depois que começam as chuvas. Os buracos são causadores de acidentes para motoristas e pedestres. Paia demais.
E as ciclovias? Elas acabam do nada, véi. Os ciclistas ficam perdidos entre subir a calçada e ficar na pista, no meio dos carros, colocando as próprias vidas em risco. O mais zela é que tem gente que não respeita a galera de camelo nas ruas, mas elas precisam de apoio e de mais espaço para transitarem em segurança pela cidade.
Agora vamos falar de metrô. Você sabia que as obras começaram em 1992 e as primeiras estações começaram a funcionar só em 2001, nove anos depois? O nosso metrô cobre boa parte de Brasília, mas a cidade cresce a cada ano e precisa de mais estações.
Conta aí: tem metrô ou ciclovia perto da sua casa? E do seu trabalho?
Esperamos que 2020 seja um ano massa pra mudar tudo isso, véi. ? E você, o que espera que mude na cidade ainda este ano?